Enlouquecido de amor
o poeta insone, sem palavras
para descrever o momento
de êxtase, sem nome,
se sente um deus
faminto, pedinte e ateu.
Do jeito que só a saudade
consegue fazer com a gente.
Num ato demente e radical,
tonto de medo e prazer,
o insano escriba precisa
saborear o seu desejo,
de maneira literal.
Helio Jenné
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