Barrado no Baile


A mesma chave que abre, tranca.
A mesma boca que cospe, beija.
A água que lava é a mesma que afoga.
Se o destino quer assim, que seja.

Se eu mesmo bati a porta,
Como posso agora querer voltar pra festa?
Quantas vezes terei o direito de errar?
Gastei todas as possibilidades de amar.

Como uma lesma deixa sua gosma,
Por onde passo deixo um rastro 
de tristeza e arrependimento.
Talvez seja melhor não me deixar passar.

Helio Jenné

2 comentários:

Ivone disse...

Olá Hélio, gostei daqui, lindos versos poéticos mostrando a dualidade do ser!
Abraços
Ivone

Helio Jenné disse...

Olá Ivone Poemas, agradeço o carinhoso elogio! Que bom que gostou do nosso blog!
Abração,
Helio